Banco Central testa novo modelo de financiamento habitacional a partir de 2026
- Ivoti Imóveis
- 12 de set.
- 2 min de leitura
Mudança promete juros mais baixos, maior acesso ao crédito e mais oportunidades para compradores e corretores de imóveis

O Banco Central (BC) anunciou que, a partir de 2026, dará início a uma fase de testes de um novo modelo de financiamento habitacional. A expectativa é que o sistema seja implementado integralmente em 2027, trazendo condições mais vantajosas para quem sonha com a casa própria.
A proposta tem como objetivo estimular a concessão de crédito imobiliário com taxas de juros mais baixas, tornando a compra do imóvel acessível para mais famílias brasileiras. Para isso, serão utilizados recursos da caderneta de poupança, que já financia grande parte dos imóveis no país.
Atualmente, as regras obrigam os bancos a destinarem 65% do dinheiro da poupança ao crédito habitacional, enquanto 20% ficam retidos no Banco Central como depósito compulsório e apenas 15% podem ser usados livremente pelas instituições financeiras. O novo modelo promete mudar essa dinâmica.
Com a proposta em análise, a cada R$ 1 concedido em financiamento habitacional, os bancos poderão utilizar R$ 1 de forma livre, por até cinco anos. Para continuar com esse benefício, terão que manter a concessão de novos empréstimos habitacionais, criando assim um incentivo permanente para ampliar a oferta de crédito.
Para garantir segurança ao sistema financeiro, a implementação será gradual. A sugestão das entidades do setor da construção civil é que, já em janeiro de 2026, sejam liberados 5 pontos percentuais dos recursos atualmente retidos como compulsório. Dessa forma, parte do novo sistema funcionaria em paralelo com as regras atuais, permitindo ajustes e correções ao longo do caminho.
O Ministério das Cidades defende que os financiamentos sejam mantidos dentro dos parâmetros do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Isso significa juros de até 12% ao ano mais TR (Taxa Referencial) e limite de R$ 1,5 milhão por imóvel. Já o Banco Central prefere dar maior flexibilidade aos bancos, desde que o crédito continue direcionado para habitação.
Os impactos esperados são significativos. Estudos do próprio Banco Central indicam que o volume de recursos destinados ao financiamento imobiliário pode mais que dobrar, saltando de R$ 90 bilhões para R$ 200 bilhões em apenas dois anos. Desse montante, 80% seriam aplicados em imóveis residenciais, novos e usados, e 20% em imóveis comerciais.
Para o mercado imobiliário, a expectativa é de um cenário muito mais favorável: juros menores, maior disponibilidade de crédito e consequentemente mais compradores interessados. Isso poderá impulsionar tanto os lançamentos de novas unidades quanto as vendas de imóveis já prontos.
Corretores de imóveis precisam acompanhar esse movimento de perto. A fase de testes trará ajustes importantes e pode até gerar mudanças no teto do SFH, que atualmente está em R$ 1,5 milhão. Além disso, será essencial observar como os bancos irão se comportar na definição de taxas e prazos, elementos decisivos para o fechamento de negócios.
Por fim, é fundamental que compradores contem sempre com a orientação de um corretor de imóveis credenciado. Esse profissional tem conhecimento do mercado, das condições de financiamento e pode oferecer segurança em todas as etapas da negociação. Assim, quem deseja aproveitar as oportunidades que o novo modelo trará estará muito mais preparado.








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